quarta-feira, 13 de março de 2013

Cretácico

 
O Cretácico foi o terceiro período da era Mesozóica e durou de 145 milhões a 66 milhões de anos.
O nome Cretácico deve-se às rochas calcárias encontradas principalmente na Europa que datam dessa época.
Os continentes quebraram-se em pedaços para formar os continentes de hoje. Madagáscar e Índia separaram-se da Gondwana e moveram-se para o norte, em direção às suas atuais localizações. A Laurásia foi coberta por grandes mares interiores.
 
Os dinossauros chegaram ao ápice de sua evolução, e mais da metade das espécies conhecidas viveram esse período. Mas o fim da era Mesozoica foi marcado pela extinção desses répteis e de 60% de toda a vida no planeta. Acredita-se que essa extinção em massa ocorreu por causa da queda de um asteroide no Golfo do México e suas consequências.
As plantas com flores proliferaram durante o Cretáceo, surgiram mamíferos placentários e plantas rasteiras, como a grama. Com o desaparecimento dos dinossauros, os mamíferos e as aves desenvolveram-se, alguns tornando-se os gigantes que viriam a dominar o Cenozóico.
 

Período Cretácico

Na escala de tempo geológico, o  Cretácico é o período da era Mesozoica, do éon Fanerozoico que está compreendido entre 66 milhões e 145 milhões de  anos atrás. Ao período Cretáceo sucede o período Jurássico e precede o período Paleogénico. Divide-se nas épocas Cretácico Inferior e Cretácico Superior, da mais antiga para a mais recente.
O Cretácico Inferior está compreendido entre 145 milhões e 100,5 milhões anos atrás. A época Cretácico Inferior sucede a época Jurássica Superior  e precede a época Cretácea Superior. Divide-se nas idades Berriasiana, Valanginiana, Hauteriviana, Barremiana, Aptiana e Albiana, da mais antiga para a mais recente.
O Cretácico Superior está compreendido entre 100,5 milhões e 66 milhões anos atrás. A época Cretácea Superior sucede a época Cretácea Inferior e precede a época Paleocénico. Divide-se nas idades Cenomaniana, Turoniana, Coniaciana, Santoniana, Campaniana e Maastrichtiana, da mais antiga para a mais recente.
A era Mesozóica marcou-se pela ampla ocorrência de florestas temperadas e úmidas. O novo clima permitiu que os répteis dominassem o mundo em todos os seus territórios: terra, mar e ar. Nesse contexto, que surgiram os primeiros dinossauros. O período Jurássico sucedeu o período Triássico, também da era Mesozóica e fase inicial das transformações ocorridas na nova era.. O nome Jurássico refere-se às montanhas Jura, localizadas nos Alpes franceses, e que comportam muitas rochas do período em questão. Variações foram sentidas ainda na transição do período Triássico para o período Jurássico. As florestas se proliferaram e intensificaram pela ocorrência de um clima quente e úmido, aumentando a diversidade da flora. Cicadáceas, ginkgos e coníferas foram as plantas dominantes. A novidade esteve por conta do aparecimento de plantas com flores. A fauna deu continuidade à supremacia na Terra dos répteis. Dinossauros ocuparam a terra, pterossauros dominaram o ar e plesiossauros espalharam-se pelos mares. Os dinossauros passaram por modificações que os tornaram diversos daqueles primitivos surgidos no período Triássico, eram mais inteligentes, evoluídos e maiores. Nos mares, crocodilos dividiam espaço com os plesiossauros. Houve ainda o surgimento de aves, dividindo os ares com os pterossauros, e dos mamíferos verdadeiros.
A medida do tempo e a história da Terra. Exemplos de métodos de datação

1.1 – Relógios sedimentológicos. Litostratigrafia. Ciclos de gelo-degelo
Relógios sedimentológicos – São aplicados no princípio da Estratigrafia. Estratigrafia – Ciência da Ciência da Terra que estuda e interpreta os processos geológicos registados nas camadas sedimentares, que irão permitir a correlação e a ordenação temporal. Datacão relativa – Não permite obter uma idade concreta.
A datação relativa apoia se na posição dos estratos.
Datação absoluta – Permite obter um valor numérico para datar uma rocha. Litostratigrafia – Estuda os estratos relativamente à sua forma, à sua composição litológica, às relações entre estratos e à sua génese.
Unidade litostratigráfica – Conjunto de estratos que apresentam uma certa homogeneidade e uniformidade.
 É designado por Formação Princípio da Sobreposição dos Estratos – Estrato mais antigo encontram-se na base e o mais antigo encontra-se no topo. Ou seja de baixo para cima.
Principio da Horizontalidade Inicial - defende que os estratos, aquando da sua formação, são horizontais e paralelos à superfície de deposição.
Principio da Continuidade Lateral - defende que os estratos encontram-se limitados por dois planos, um a tecto e outro a muro, e que podem ser seguidos mesmo até grandes distâncias.
Principio de Inclusão - defende que fragmentos ou porções de uma rocha que se encontrem incorporados numa outra rocha são mais antigos do que a rocha que os contém.
Principio da Intersecção - defende que toda a estrutura geológica que atravesse outra é mais recente do que a que é atravessada.
Principio da Identidade Paleontológico - estabelece que estratos que apresentem o mesmo conjunto de fósseis terão a mesma idade.
Ciclos de gelo-degelo – É um método de datação absoluta. Depositam-se pares de estratos (varvas) que são produzidos anualmente em relação directa com a mudança de estações de anos.

1.2 – Relógios Paleontológicos Biostratigrafia – Método de Datação Relativa. Defende que os estratos, ou formações geológicas que se sucedem ao longo do tempo devem conter diferentes conjuntos de fósseis.
Unidade Biostratigráfica - corresponde a um estrato, parte de um estrato ou um conjunto de estratos que apresentem determinado conteúdo fossilífero.
 A unidade biostratigráfica mais comum é a biozona. Fosseis caracteristicos - são fósseis de organismos que evoluíram de forma relativamente rápida, que tiveram uma ampla distribuição geográfica, que foram muito abundantes e que apresentam condições que permitem a sua fossilização.
Dendocronologia – Método de Datação Absoluta. Método de datação que se baseia no estudo dos anéis de crescimento das árvores.

1.3 – Métodos físicos e geofísicos Isótopos – Átomos em que o número de protões é diferente do numero de neutrões.
Datações Radiométricas – Método de Datação Absoluta. Consiste na desintegração do isótopo, que depois da desintegração nao volta ao seu estado inicial Semi-vida - O tempo necessário para que metade dos átomos-pai se transforme em átomos-filho. Magnetostratigrafia – Método de datação absoluta. Ramo da Estratigrafia que estabelece a escala de mudanças do campo magnético terrestre ao longo dos tempos.

2 – A tabela Cronostratigráfica. Equivalência entre unidades cronostratigráficas e geocronológicas

2.1 – A tabela Cronostratigráfica Unidade Cronostratigráfica - constituída pelo conjunto de materiais estratificados que se diferenciam pela sua idade. As unidades cronostratigráficas estão separadas entre si por superfícies de estratificação que se designam horizontes cronostratigráficos (ou cronohorizontes).
Escala cronostratigráfica - ordenação temporal. de todas as unidades cronostratigráficas, desde as mais antigas até às mais recentes.

2.2 – Equivalência entre unidades cronostratigráficas e geocronlógicas Unidades geocronológicas - unidades de tempo geológico em correspondência com as unidades cronostratigráficas. Éon - unidade geocronológica de maior nível., sendo equivalente da unidade cronostratigráfica Eonotema. Eras - estão divididas em Períodos, que correspondem à unidade cronostratigráfica Sistema. Períodos - estão divididos em Épocas, que correspondem à unidade cronostratigráfica Série. Épocas - encontram-se divididas em Idades, que correspondem à unidade cronostratigráfica Andar.

Tabela Cronostratigráfica


domingo, 9 de dezembro de 2012

Campo magnético terrestre


Campo magnético terrestre
O campo magnético terrestre assemelha-se a um dipolo magnético com seus pólos próximos aos pólos geográficos da Terra. Uma linha imaginária traçada entre os pólos sul e norte magnéticos apresenta uma inclinação de aproximadamente 11,3º relativa ao eixo de rotação da Terra. A teoria do dínamo é a mais aceita para explicar a origem do campo. Um campo magnético, genericamente, se estende infinitamente. Um campo magnético vai se tornando mais fraco com o aumento da distância da sua fonte. Como o efeito do campo magnético terrestre se estende por várias dezenas de milhares de quilómetros, no espaço ele é chamado de magnetosfera da Terra.

Reversões do campo magnético
O campo magnético da Terra é revertido em intervalos que variam entre dezenas de milhares de anos a alguns milhões de anos, com um intervalo médio de aproximadamente 250.000 anos. Acredita-se que a última ocorreu 780.000 anos atrás, referida como a reversão Brunhes-Matuyama.
O mecanismo responsável pelas reversões magnéticas não é bem compreendido. Alguns cientistas produziram modelos para o centro da Terra, onde o campo magnético é apenas quase-estável e os pólos podem migrar espontaneamente de uma orientação para outra durante o curso de algumas centenas a alguns milhares de anos. Outros cientistas propuseram que primeiro o geodínamo pára, espontaneamente ou através da ação de algum agente externo, como o impacto de um cometa, e então reinicia com o pólo norte apontando para o norte ou para o sul. Quando o norte reaparece na direção oposta, interpretamos isso como uma reversão, enquanto parar e retornar na mesma direção é chamado excursão geomagnética.
A intensidade do campo geomagnético foi medida pela primeira vez por Carl Friedrich Gauss em 1835 e foi medida repetidamente desde então, sendo observado um decaimento exponencial com uma meia-vida de 1400 anos, o que corresponde a um decaimento de 10 a 15% durante os últimos 150 anos.






Globos Terrestres


Globos Terrestres

GLOBO 1:Terra em fusão: 4560 Ma
Formação do planeta Terra por acção do bombardeamento de planetésimais e protoplanetas (acreção).
GLOBO 2: Ur: 3000 Ma
Primeiro supercontinente situado na zona equatorial.
GLOBO 3: Rodínia: 1100 – 750 Ma
Supercontinente que se manteve durante cerca de 350 Ma sendo a sua configuração ainda debatida. A vida ainda não tinha invadido os continentes e a concentração de O2 na atmosfera ainda era muito baixa, segundo alguns autores.
GLOBO 4: Pannótia: cerca de 600 Ma
A Pannótia, descrita pela primeira vez em 1997 por IW Daziel, surgiu no fim do éon Proterozóico (600-540 Ma). Os níveis de oxigénio atmosférico mantinham-se baixos e as plantas ainda não tinham invadido os continentes.
GLOBO 5: Pangea: 255 Ma
A Pangea resulta do re-agrupamento dos continentes dispersos formando um novo supercontinente (300-200 Ma). A separação e agrupamento dos continentes foi aparentemente cíclica ao longo da evolução da terra e tudo isso devido ao movimento das placas tectónicas.