Campo magnético terrestre
O campo magnético terrestre assemelha-se a um dipolo
magnético com seus pólos próximos aos pólos geográficos da Terra. Uma linha
imaginária traçada entre os pólos sul e norte magnéticos apresenta uma
inclinação de aproximadamente 11,3º relativa ao eixo de rotação da Terra. A
teoria do dínamo é a mais aceita para explicar a origem do campo. Um campo
magnético, genericamente, se estende infinitamente. Um campo magnético vai se
tornando mais fraco com o aumento da distância da sua fonte. Como o efeito do
campo magnético terrestre se estende por várias dezenas de milhares de
quilómetros, no espaço ele é chamado de magnetosfera da Terra.
Reversões do campo magnético
O campo magnético da Terra é revertido em intervalos que
variam entre dezenas de milhares de anos a alguns milhões de anos, com um
intervalo médio de aproximadamente 250.000 anos. Acredita-se que a última
ocorreu 780.000 anos atrás, referida como a reversão Brunhes-Matuyama.
O mecanismo responsável pelas reversões magnéticas não é bem
compreendido. Alguns cientistas produziram modelos para o centro da Terra, onde
o campo magnético é apenas quase-estável e os pólos podem migrar
espontaneamente de uma orientação para outra durante o curso de algumas
centenas a alguns milhares de anos. Outros cientistas propuseram que primeiro o
geodínamo pára, espontaneamente ou através da ação de algum agente externo,
como o impacto de um cometa, e então reinicia com o pólo norte apontando para o
norte ou para o sul. Quando o norte reaparece na direção oposta, interpretamos
isso como uma reversão, enquanto parar e retornar na mesma direção é chamado
excursão geomagnética.
A intensidade do campo geomagnético foi medida pela primeira
vez por Carl Friedrich Gauss em 1835 e foi medida repetidamente desde então,
sendo observado um decaimento exponencial com uma meia-vida de 1400 anos, o que
corresponde a um decaimento de 10 a 15% durante os últimos 150 anos.