domingo, 9 de dezembro de 2012

Campo magnético terrestre


Campo magnético terrestre
O campo magnético terrestre assemelha-se a um dipolo magnético com seus pólos próximos aos pólos geográficos da Terra. Uma linha imaginária traçada entre os pólos sul e norte magnéticos apresenta uma inclinação de aproximadamente 11,3º relativa ao eixo de rotação da Terra. A teoria do dínamo é a mais aceita para explicar a origem do campo. Um campo magnético, genericamente, se estende infinitamente. Um campo magnético vai se tornando mais fraco com o aumento da distância da sua fonte. Como o efeito do campo magnético terrestre se estende por várias dezenas de milhares de quilómetros, no espaço ele é chamado de magnetosfera da Terra.

Reversões do campo magnético
O campo magnético da Terra é revertido em intervalos que variam entre dezenas de milhares de anos a alguns milhões de anos, com um intervalo médio de aproximadamente 250.000 anos. Acredita-se que a última ocorreu 780.000 anos atrás, referida como a reversão Brunhes-Matuyama.
O mecanismo responsável pelas reversões magnéticas não é bem compreendido. Alguns cientistas produziram modelos para o centro da Terra, onde o campo magnético é apenas quase-estável e os pólos podem migrar espontaneamente de uma orientação para outra durante o curso de algumas centenas a alguns milhares de anos. Outros cientistas propuseram que primeiro o geodínamo pára, espontaneamente ou através da ação de algum agente externo, como o impacto de um cometa, e então reinicia com o pólo norte apontando para o norte ou para o sul. Quando o norte reaparece na direção oposta, interpretamos isso como uma reversão, enquanto parar e retornar na mesma direção é chamado excursão geomagnética.
A intensidade do campo geomagnético foi medida pela primeira vez por Carl Friedrich Gauss em 1835 e foi medida repetidamente desde então, sendo observado um decaimento exponencial com uma meia-vida de 1400 anos, o que corresponde a um decaimento de 10 a 15% durante os últimos 150 anos.






Globos Terrestres


Globos Terrestres

GLOBO 1:Terra em fusão: 4560 Ma
Formação do planeta Terra por acção do bombardeamento de planetésimais e protoplanetas (acreção).
GLOBO 2: Ur: 3000 Ma
Primeiro supercontinente situado na zona equatorial.
GLOBO 3: Rodínia: 1100 – 750 Ma
Supercontinente que se manteve durante cerca de 350 Ma sendo a sua configuração ainda debatida. A vida ainda não tinha invadido os continentes e a concentração de O2 na atmosfera ainda era muito baixa, segundo alguns autores.
GLOBO 4: Pannótia: cerca de 600 Ma
A Pannótia, descrita pela primeira vez em 1997 por IW Daziel, surgiu no fim do éon Proterozóico (600-540 Ma). Os níveis de oxigénio atmosférico mantinham-se baixos e as plantas ainda não tinham invadido os continentes.
GLOBO 5: Pangea: 255 Ma
A Pangea resulta do re-agrupamento dos continentes dispersos formando um novo supercontinente (300-200 Ma). A separação e agrupamento dos continentes foi aparentemente cíclica ao longo da evolução da terra e tudo isso devido ao movimento das placas tectónicas.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Movimentos horizontais- grandes estruturas geológicas

Há vários tipos de movimentos horizontais na litosfera terrestre. Com estes movimentos, pode haver formação de grandes estruturas geológicas como os arcos insulares intra-oceânicos, riftes continentais, bacias sedimentares e cadeias montanhosas. Neste post iremos abordar um pouco todas estas formações.
A teoria da tectónica de placas permite uma melhor compreensão da formação das grandes estruturas geológicas, originadas pelos movimentos horizontais da litosfera.
 
Arcos insulares intra-oceânicos
Arcos insulares são conjuntos de ilhas, a maior parte das vezes vulcânicas, que se distribuem num ou mais alinhamentos curvos formando arcos com a cavidade geralmente voltada para o largo.
Como uma grande parte da actividade sísmica e vulcânica mundial ocorre nestas zonas, são considerados elementos essenciais das zonas de geodinâmica activa do globo terrestre.
Riftes continentais

Os riftes são grandes depressões de origem tectónica que sulcam grandes extensões da crosta terrestre. Com o avanço dos estudos oceanográficos pôde comprovar-se que, além dos riftes continentais (rift valleys continentais), existem outros, situados na parte central das grandes dorsais oceânicas, com características comuns e com os quais foi possível estabelecer relações de natureza geológica e geofísica.
Também se verifica a existência de riftes nas dorsais oceânicas que são extensas cordilheiras submarinas, com alturas de 1500 a 2500 metros sobre as planícies abissais.
 

Bacias sedimentares

Bacia sedimentar é uma formação geográfica que possui formato de uma bacia, na qual sedimentos se acumulam provenientes da área que a circunda. Estes sedimentos são soterrados com o tempo e dão origem ao processo chamado de litificação, o qual forma as rochas sedimentares.
 
Cadeias montanhosas

Sempre que o processo de convergência de placas não é equilibrado por um processo de subducção total, passam a existir esforços compressivos, levando à ocorrência de processos de deformação que começam por afectar as zonas mais frágeis da crusta. Se a deformação continuar a ocorrer, obtém-se uma cadeia montanhosa.
 

Os Glaciares e o equilíbrio isostático

 

No passado, o planeta atravessou uma série de períodos de glaciação intercalados com períodos de temperaturas mais amenas. Além das mudanças climáticas, essas “idade do gelo”, são caracterizadas por um crescimento das calotas polares. O crescimento das calotas polares causa dois fenómenos simultâneos: diminuição do nível do mar e sobrecarga das áreas continentais por extensões de dezenas de quilómetros por uma capa de gelo.
As mudanças do nível do mar são instantâneas. Por outro lado, a teoria da isostasia mostra que existe um equilíbrio isostático da litosfera sobre a astenosfera, refletido pelas altitudes relativas dos diversos segmentos da litosfera, dependendo de sua espessura e densidade do material que a compõe, assim o reajuste isostático ocorre mais lentamente.
Quando ocorre um período de glaciação, o nível do mar desce rapidamente, mas a litosfera permanece “elevada” por um tempo, antes de começar a subsidir. No período de deglaciação, o oposto ocorre. A elevação do nível do mar ocorre rapidamente, mas a resposta isostática ao descarregamento é mais lenta e uma grande quantidade de soerguimento residual irá ocorrer após a remoção completa da calota polar.

Um exemplo actual de soerguimento residual é observado na Escandinávia. Após o último período de deglaciação (12.000 anos), o nível do mar elevou-se rapidamente. Mas a Escandinávia, que esteve recoberta por uma camada de gelo continua soerguendo-se até hoje, segundo uma taxa média de 1 cm/ano.
Além de afectar o equilíbrio isostático do local carregado, a entrada e retirada de glaciares pode também afectar o equilíbrio isostático de regiões mais afastadas. É o que se verifica na Holanda, que acredita-se estar a afundar em virtude do soerguimento da Escandinávia. Em outras regiões, o reajuste causa a inclinação de camadas sedimentares, originalmente depositadas na horizontal.

Modelos de Convecção Mantélica

A Teoria das Placas Tectónicas defendia a ideia de que os continentes se deslocavam e se encontravam inseridos em placas tectónicas que apresentavam movimentos entre si, todavia era necessário descobrir os mecanismos que faziam movimentar estas placas. Actualmente é consensual que o mecanismo de convecção no manto terrestre, explica estes movimentos, mas surgiram muitos modelos a explicar essa dinâmica.

Modelo de circulção convectiva a um nível:

Este modelo admite movimentos convectivos só no manto inferior. Os pontos quentes originam-se no limite manto núcleo devido a subducção e posterior fusão da placa.

A matéria atravessa a zona de transição e não existe camada limite térmica a este nível.
 
 
 

Modelo de convecção penetrativo
Este é modelo mais recente, defendendo que a zona de transição abranda a convecção mas não a impede.
Admite-se que os movimentos convectivos ocorrem no manto inferior mas a colisão de placas provoca alguns movimentos no manto superior. A placa que subducta penetra no manto inferior, fundido neste devido às altas temperaturas aparecendo então um ponto quente. Os pontos quentes também se podem originar no manto superior.
Assim, será necessário admitir que os movimentos de convecção do manto serão muito mais complexos que o previsto inicialmente, tanto a nível da sua natureza como da sua evolução temporal.

 
 
 
 
 
 

Expansão dos fundos oceânicos- documentário

http://www.youtube.com/watch?v=MJqwxScS430

Argumentos a favor da Deriva Continental

1. Argumentos Morfológicos



Os continentes encaixam entre si como peças num puzzle, sendo mais evidente entre as costas atlânticas de África e América do Sul.2.Argumentos Paleontológicos



Fósseis da mesma espécie foram encontrados em locais que distam milhares de quilómetros e estão actualmente separados por oceanos. É pouco provável que estes seres vivos pudessem ter percorrido estas elevadas distâncias.


3. Argumentos Paleoclimáticos



O estudo dos climas antigos trouxe algumas surpresas. Sedimentos glaciares que só se formam a altas latitudes e baixas temperaturas, foram encontrados em zonas como a África e América do Sul. Isto indica que estes continentes já estiveram próximos do pólo sul e que entretanto se afastaram mantendo os registos nas rochas.




4. Argumentos Litológicos


Rochas com a mesma idade, e do mesmo tipo foram encontradas na América do Sul e África, bem como as formações rochosas têm continuidade entre as duas costas.


Apesar de todas estas evidências, a teoria de Wegener não foi aceite pela comunidade científica pois este não conseguiu explicar qual o motor da deriva continental.

Teoria Da Deriva Continental

Processo de deslocamento da crosta terrestre que provoca mudanças na posição dos continentes e modifica o relevo da Terra . A primeira Teoria da Deriva Continental é elaborada pelo geofísico e meteorologista alemão Alfred Weneger (1880-1930). No livro A Origem dos Continentes e dos Oceanos (1915), Weneger afirma que as terras do planeta se encontravam inicialmente agrupadas em um único supercontinente – o Pangéia –, que se fragmentou há cerca de 200 milhões de anos. No entanto, sua hipótese não foi confirmada pelos cientistas da época, porque não explicava qual a força que teria provocado os deslocamentos. Logo após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), em 1947, um grupo de cientistas do Observatório Geológico de Lamont, nos EUA, comprova a teoria de Weneger, que é aceita até hoje. Desde a desagregação do Pangéia, a superfície terrestre encontra-se em movimento contínuo, até chegar à configuração mais recente dos continentes, que se estabelece há cerca de 60 milhões de anos. Atualmente, a deriva continua: a América do Sul, por exemplo, se afasta da África cerca de 5 cm por ano.